domingo, 28 de setembro de 2025

Fortaleza CE, 1820/25. Pero Lopes. A derrocada de um traficante escravagista

  Jornal Libertador, Fortaleza CE, 1881

 

                                                       A Sorte dos Negreiros

 

Corria o ano de 1820. No local onde hoje se ergue o sobrado do coronel João Antônio Machado, na antiga rua de Soares Moreno, hoje do Major Facundo, existia outro de simples aparência e que fora demolido pelo coronel Conrado Niemeyer, presidente da comissão militar responsável pelo julgamento dos comprometidos pela malfadada Confederação do Equador, e que, a pedido do proprietário, traçara o plano da construção do mencionado sobrado.

Chamava-se Pero Lopes o dono do imóvel demolido. Homem de 50 anos, alto, bem apessoado e chefe de numerosa família. Cinco robustos rapazes e uma menina de 15 anos, linda como uma criação grega, de olhos negros e encantadores, que fazia a alegria daquela casa. O velho vivia feliz cercado dos seus e pouco lhe importavam as desgraças da humanidade.

De pobre, adquirira uma fortuna com o comércio de escravos, tornando-se, em poucos anos, senhor e um nome respeitável. Mesmo com alguns sustos com cruzeiros ingleses que perseguiam seus navios e negreiros, em combates longe da costa africana, deviam a salvação ao desespero da fuga e principalmente à proteção da noite.

Era astucioso e sabia fazer negócios. Mesmo os que lhe censuravam às escondidas, teciam-lhe elogios e honras quando em público aparecia. O poder do ouro. Com uma fortuna de oito contos, mas seus amigos e admiradores a avaliavam em dois mil contos, desmentido pelo inventário pessoa. Mas não se desanimava diante das dificuldades em continuar com o tráfico com os bons vendedores da África, empreendendo outros modos no mesmo negócio.

Equipou um navio veleiro e encheu o porão de escravos, ordenando que demandasse os portos do sul do Brasil, onde maiores fortunas coroariam a sua empresa com felizes negócios. No fim de quatro meses, ancorava junto ao forte de São Thiago, hoje de Nossa Senhora da Assunção, o Feliz Empresa com a segurança de ótimos resultados. Pero Lopes dobrou a partida e o navio seguiu.

Aumentava de modo espantoso a sua fortuna, com o traficante começando a sonhar com as glórias de um título que mais o nobilitasse, embora não se vendessem por tão baixo preço, como hoje, aquelas distinções. Mas ambicionava ser o primeiro titular desse belo torrão: “Ora, cinquenta contos não me fazem diferença, e de mais a província tem muitos negros para recuperá-los em pouco tempo.

E a casa da sua residência era o bazar onde compravam-se e vendia-se aqueles infelizes após minucioso exame de todos os membros, principalmente os dentes, precisos para melhor venda, a modo dos ciganos, no ato da compra de suas cavalgaduras. Exames que muitas vezes terminavam pelas lágrimas das escravas ao verem expostas, ao olhar de um cirurgião desalmado, seus corpos palpitantes de vergonha. Estipulados os preços, eram atirados ao fundo de um armazém, sem que deles se cuidasse mais até a próxima viagem do Feliz Empresa. Por meio desse comércio lucrativo, primeiro no mundo, duplicava a riqueza de Pero Lopes.

Uma tarde, a menina Eugênia entrou no escritório. Aproximou-se, numa atitude grave, e tentou falar, mas o receio embargou a sua voz.

- Então, o que há? Parece que me vem pedir o consentimento para casar com o filho de Luiz Rodrigues?

Luiz Rodrigues era outro empenhado no mesmo negócio.

- Não, ainda não penso nisso. Venho lhe fazer um pedido que há muito me ocupa o espírito.

- Fala, sou todo ouvidos.

- Venho pedir-lhe para deixar esse negócio de escravos que tanto me confrange o coração. Não sabe, no fundo da alma, quando vejo aqueles desgraçados enfileirados como uma manada que levam ao açougue com os olhos rasos de pranto. Separam-lhes dos entes que lhe são mais caros na vida, sem a mínima compaixão dos seus sentimentos para serem atirados ao porão de um navio e depois vendidos em praça pública. Erguem os olhos para o céu como última esperança e vão ao caminho do desterro sem uma palavra de consolo à sua desgraça. Como que presinto-lhe na expressão humilhada de uma súplica vingança.

Pero Lopes escutava com o sorriso frio do homem afeito ao crime.

Eugênia continuou:

- Tenho pressentimento de uma grande desgraça e até sonhei, há dias, que o via reduzido à condição de escravo.

O pai prorrompeu numa estridente gargalhada que fez Eugênia recuar um passo.

- Por Deus, meu pai, não ria. Meu coração é muito sincero e poucas vezes me tem enganado.

- És uma toleirona, criança! Não vês que, com uma fortuna como a minha, poucas vezes se naufraga? Escuta, não te arreceies, que venhas deixar de ser a moça mais rica e educada desta capital.

Continuou:

 “Hoje é muito difícil perder-se de um dia para outro um capital de quase mil contos, empregados em diversas empresas lucrativas, Se perde-se em uma, ganha-se em outra e vai-se sempre em regra de progressão. E isso é oriundo da tua imaginação exaltada.

Compadece-te dos escravos, mas ignoras o que é escravo. Escravo é coisa e não pessoa, e alguém já provou exuberantemente que ele não tem alma. Ele existe desde o início do mundo, escravatura mantida pelas leis da Assíria, da Pérsia, da Índia, da Grécia e de Roma. O vencido nos combates era o escravo muito pior dos que os nossos, porque tinha consciência dos seus atos, e os africanos nem ao menos sabem distinguir o bem do mal.

Apanhados no centro da África, vivendo de insetos e raízes, ignorantes dos gozos da civilização, são até felizes nos serviços de nossas lavouras e de nossas cozinhas. Não te incomodes com as lágrimas desses animais bípedes e lembra-te que os crocodilos também choram”.

- Mas é força confessar que é repugnante esse comércio de carne humana à luz da civilização, e a Inglaterra prova-o, no sobejo de guerra, que tem feito e continua a fazer nos navios negreiros.

- Qual! A Inglaterra inventou esta história mas seu fim é outro. Engaiolou Napoleão em Santa Helena e vai destruindo o poderio da França sobre os mares. Esta é que é a história, ela que não se importa com negros.

Eugênia não deu palavra, tanto a tinha contrariado a contestação.

Pedro Lopes ergueu-se, beijou a filha na fronte rubra de pudor e saíram do escritório.

Meses depois, encorava no porto o “Feliz Empresa”, navio negreiro que, pelas contas, dera mais vantagem que a viagem anterior. Em poucos dias a províncias de São Paulo compara-lhe todos os escravos por um bom preço, e fizera encomenda de maior remessa. E com as gordas gratificações, o capitão também lucrava. À vista disso, atulhados o porão e o convés de escravos, o navio largou o porto bafejado por propício vento, desaparecendo pouco depois no horizonte.

Exultado de contentamento, diante de excessivo lucro do seu negócio, Pero Lopes não quis ver a filha nesse dia.

- Bem, muito bem, e minha filha vem me falar em repugnância. Repugnância teria eu se a visse casada com um desses pobretões que só falam em emancipação e que nada possuem além de alguns livros velhos, a evocar sentimentos que não possuem. Um negócio tão lícito como outro qualquer. Eugênia já não é uma criança da Rua Soares Moreno.

Pálida, triste e sem forças, poucas vezes aparecia, ocultando-se no fundo do seu quarto nos dias de embarques de escravos, e as pessoas notavam grande diferença em suas feições, cuja tristeza maior a venda, para São Paulo, da escrava que amamentara. O motivo seria o gênio forte da mãe, que não sabia ser contrariada.

Que saudade tinha da pobre Luíza! Adoecera até ao estado melindroso de causar receios, com delírios de febre, chamando o nome de Luíza, despertando banhada em lágrimas. Mas o pai, mesmo condoído por esse estado, não achava motivo para justificar tamanho sofrimento. Tinha alma de ferro. Nunca a lágrima, o soluço ou a exclamação dolorida levaram-no à comoção. Era moldado aos modos dos fazendeiros do sul.

Porém, estava próximo o dia do desgosto, a arrancar a primeira lágrima de Pero Lopes. A enfermidade de Eugênia progrediu rapidamente até que ela exalou o último suspiro, calma e serena como a imagem da resignação. E embora tenha chorado muito, logo a esqueceu.

Mas o destino fez chegar as contrariedades, acompanhadas de um cortejo de desgraças. Pouco depois, chegou a notícia do suicídio do filho mais velho, na grande cidade de Paris. A ele, comprometeu boa parte da sua fortuna para desperdício em jogos e orgias. Dessa vez, o pai chorou com mais efusão e alarido, quando, do fundo da alma, bradava-lhe uma voz que o pranteava com mais um prejuízo, maior que a perda do filho.

Os negócios da República do Equador trouxeram-lhe um novo golpe na fortuna de Pero Lopes. Em desespero, desanimado, clamava por todas as forças da alma para reagir contra os contratempos. Ficou pensativo e acabrunhado.

Soube que um filho, que andava para o centro da Província, com grandes somas para compras de escravos, fora assassinado pelas tropas de Tristão Gonçalves, no lugar Boqueirão, e o dinheiro extraviado nas várzeas do Rio Jaguaribe.

Por vezes a mulher o encontrou no escritório com a cabeça pousada sobre a borda da mesa, desesperado e adormecido. Despertava espantado, levantando-se e saindo docilmente. Aquele homem de ferro, tão altivo na opulência, caia pouco a pouco no abatimento, tal que era preciso a mulher encorajá-lo para refletir um instante. Banhado em suor frio e com os membros trêmulos, vivia triste e pouco falava.

Olhos em pranto em pensar na fortuna que ganhara, quando o presidente da comissão militar, Conrado Niemeyer instalou inquérito sobre os sediciosos da República do Equador. E mesmo comprometido nos negócios, para evitar nova morte, providenciou a fuga de outro filho para os Estados Unidos, levando consigo todo o dinheiro que pudesse dispor até que se restabelecesse a paz na província. Partiu Luiz para a Grande República, deixando seu velho entregue à desesperança e à morte.

Apesar, das contrariedades, Pero Lopes não deixava de comprar escravos e remetê-los para São Paulo, embora há dez meses não chegara o Feliz Empresa. Uma situação desanimadora, somente com a esposa para encorajá-lo. E lembrava do que dizia a filha, tentando esquecer o terrível pensamento. Pois tinha medo de estar só, tudo lhe assustava. Quando descia para o escritório, a mulher o acompanhava. São assim todos os malfeitores da humanidade.

Chegou, afinal, o ano de 1825, com a seca assolando a província e não poupando as suas propriedades. Despovoaram-se as suas inúmeras fazendas, deixando grande prejuízo e provocando-lhe mais fúria, como maltratar, com palavras injuriosas a esposa e evitar visitas de amigos. Tinha o desespero das feras que vê fugir-lhe a presa das garras.

Mais tarde, ávido por encontrar informações do seu Feliz Empresa, lia os jornais quando se deparou com a notícia do naufrágio do Waldek próximo às costas da Flórida. E o exemplar caiu-lhe das mãos: “Estou desgraçado!”, prorrompeu em soluços. “Perco tudo que possuo e a miséria bate em minha porta”. “Oh, que horrível! É possível que o destino ou a fatalidade escarneça tão cruelmente em mim a ponto de dissipar uma tão sólida fortuna?”

Ergueu-se num salto e começou a andar precipitadamente do extremo a ouro da sala, articulando em altas vozes palavras inteligíveis e a torcer as mãos em atitude assustadora. Apesar dos conselhos da esposa, respondia: “Qual paciência, senhora? Estou desesperado!” Só me resta pedir esmolas a esses miseráveis que tanto ofendi com o fausto da minha grandeza.

“Não blasfemes, Pero! Os pobres também são felizes e talvez mais felizes do que...”

- Cale-te, mulher dos diabos!”

Possesso, Pero Lopes rangia os dentes e arrancava os cabelos. Dizia-se endoidecido tão alteradas estavam as entranhas. Soltou uma horrível imprecação e caiu no chão.

Levaram-no para o leito e horas depois deu sinais de vida. Com os olhos injetados de sangue, febre que o devorava, rolava de um lado para outro, pronunciando palavras que mais pareciam uivos. Falava “Feliz Empresa”, “Waldek”, “mil contos” e outros que constituíam sua vida. Horrível vê-lo em constante ansiedade, cerrando os punhos, em difícil respiração batendo as pernas, como procurando saltar das órbitas. Espumando um baba esverdeada, em meio de gritos medonhos, expirou ao fim de trinta dias.

E o Feliz Empresa nunca mais voltou. Seu capitão, após boas vendas de escravos em São Paulo, fugiu para Portugal, extraviando uma fortuno com o sangue de milhares infelizes.

Aqui (em 1881) talvez ainda exista quem tenha conhecido Pero Lopes, que acabou seus dias na miserável casa da Rua do Corrente, hoje Conde d’Eu, em frente ao gradil do Palácio, esquina da Rua da Assembleia, cujas ruínas ainda se veem. Meu avô, que com ele entreteve relações, contou-me esta história que transmito aos leitores.

 

Nota do blog: O autor cita, no primeiro parágrafo, um imóvel onde se ergueu o edifício do Excelsior Hotel, cuja rua se chamava Soares Moreno antes da denominação de Rua da Palma. E, no último parágrafo, o local onde Pero Lopes faleceu: Rua São Paulo com Conde d’Eu, no qual José Carneiro da Silveira ergueu o Ed. Carneiro, sede da sua firma de automóveis GM, a Silcar.

Infelizmente não informa o nome do autoe do significativo texto.






domingo, 6 de julho de 2025

1930. Comissão visita obras do futuro Excelsior Hotel

 



Fortaleza, julho de 1930. A um ano e seis meses da inauguração, o jornalista Audifax Mendes e amigos visitam, entusiasmados, as obras do maior edifício da cidade, ainda sem denominação, ou seja, carecendo da informação de que seria um hotel. Entre as curiosidades da vista a partir do terraço, a cor vermelha dos imóveis no entorno do Castelo do Plácido; e que foi um dos prédios usados para aguardar, no dia 23 de maio daquele ano, o dirigível Graff Zeppelin que não passou, constituindo-se na maior frustração da cidade até então, além da vista da "silhueta dos cimos da Serra de Baturité".






Arranha Céu


Se algum prestígio tivesse junto às autoridades que mais prezo, as eclesiásticas, pediria perdão hoje, a quem de direito, por ter andado, ontem, por cerca de meia hora, com a cabeça no ar. Tal qual o meu amigo padre Dubois fez, há pouco tempo no Pará, quando, pela primeira vez, subiu num aeroplano.


É que, realmente, numa ascensão ao arranha céu que o sr. Plácido de Carvalho levantou, ali na Praça, vale por um esplêndido alheamento às coisas que lidamos diariamente, neste solo velho, batido e rebatido. Vale, a seu modo, por alegres momentos de cabeça no ar.
Natale Rossi, a quem Deus conserve, jovial e simples, entre os imortais da Academia Glória, foi quem me deu o ensejo de galgar os 167 degraus dos nove pisos do imponente edifício.


Fiz parte, com desvanecimento, de ótima comissão: dr. Mozart Pinto, no seu porte cavalheiresco e esgrouviado; e o dr. Edgard Arruda, bondade esfuziante e estrênuo defensor dos magnos interesses da Light, um jovem clérigo e o velho caboclo que a Providência me deu por extremoso e honrado genitor. Dei-me por mui bem pago pela ausência que fiz, ao amplo helveder, quando a haute gomme citadina ali acorreu para admirar o Zeppelin que não passou.


Examinei tudo, embarafustei pelos corredores, revistei os andaimes. Experimentei as instalações, perguntei as medidas e corri, lesto, pelas escadarias que, brevemente, terão trabalho folgado, ante os dois possantes elevadores que hão de varar, de enfiada, o edifício.


Mas o que, de tudo isso, com maior insistência, ficou na minha retentiva foi a magnífica vista do conjunto da nossa capital. Uma joia de alinhamento, parece que as ruas principais foram feitas, uma a uma, sob as vistas de meticuloso e competente urbanista. Diante daquele panorama, em que Fortaleza surge de tufos de verdura, banhada, ao largo, pelos mares bravios, não me pude conter que não bendissesse o orgulho dos seus filhos por uma cidade nova, simétrica, semelhando a um xadrez de ruas longas e cuidadosamente alinhadas.


O sol, no acaso, descambava por detrás do Patrocínio, lançando sobre a Av. Demosthenes Rockert as brandas tintas da saudade de um dia feliz. Além, o vulto negro das Oficinas do Urubu. Depois as serras: Juá, Maranguape, Pacatuba e, num fundo de uma espessura longínqua, a silhueta dos cimos da Baturité.


Na cidade, tudo parecia pequeno e esquisito. As igrejas pontilhavam, com mais saliência, o casario baixo. O quartel da polícia, o Coração de Jesus, o trecho da Estação...O Benfica, as torres de Parangaba...Emergindo de uma rebolada imensa de verdura, o bairro do Outeiro, o “nosso aristocrático bairro”, como diria o dr. Mozart. As torres góticas do Pequeno Grande desafiavam a preferência do mais exigente apreciador de estilos.


A torre da residência do sr. Plácido de Carvalho assomava, de longe, deslindando-se da casaria vermelha do entorno. Uma delícia. O Mucuripe, deslumbrando os que mais conhecem a terra, emprestava ao quadro o tom de poesia indescritível, com as manchas claras dos jangadeiros, de velas pandas, cruzando o mar.


À energia e à pertinência de Natale Rosso, o único engenheiro do arranha céu, Fortaleza deve esse amplo terraço, sustentado por oito andares, com dezesseis metros de largura por cinquenta de comprimento, que brevemente será inaugurado.


Fadado a emprestar à cidade maior prestígio à civilização, só uma coisa há de se temer: a sua aplicação, que não vá incorrer no in vanum laboraverunt de que fala a Escritura.


Antes, de encerrar, permita-me sr. Alvaro Weyne (prefeito), que lhes fação presentes as observações que me foram feitas: o conjunto de Fortaleza, alinhada e distineta, corre perigo com as edificações de areias. A Rua da Glória está quase fechada, a Praia de Iracema já destoa de um quadro verdadeiramente citadino, e os fiscais de edifícios parece que não andam como deveriam.


Feito o parêntese, só me resta agradecer ao amigo Natale, culpado dessa meia hora de cabeça no ar. Dei-me por feliz, muito feliz por ter atraído bons amigos naquele ponto ideal.


                                                                    Audifax Mendes. Jornal O Nordeste

Obs.

Natale Rossi, cunhado de Plácido de Carvalho, projetou o prédio.
Patrocínio: Igreja do Patrocínio.
Av. Demósthenes Rochert: Av. Francisco Sá.
Rua da Glória: Rua Rodrigues Junior.



Foto: O Povo, 1981.


                                                                                  .