Almanach Lucas Destaca Belchior
1988: "Não sou preso a nada, mas posso virar a mesa amanhã (DN) |
26 de abril de 1981 . Fez o show de reinauguração do calçadão da Av. Beira Mar no anfiteatro Flávio Ponte, que era inaugurado pelo Grupo O Povo. Conforme publicação do O Povo, um show de três horas ao lado da banda Coração. (Foto O Povo)
Filantrópico
SP: apoio aos irmãos do Ceará ( O Povo) |
4 de setembro de 1983. De São Paulo, onde residia, anuncia engajamento
na campanha de ajuda aos flagelados da seca no seu Estado, fazendo questão de
ressaltar que não se tratava de ação assistencialista, embora fosse o foco do governo. Através da União de
Nordestinos de SP, fez rápidas apresentações pela metrópole paulista, de modo
que, em dezembro, entregou um cheque de CR$ 4,5 milhões à então primeira dama,
Miriam Mota, à frente da Missão Asa Branca. Ele, que a convite do executivo
estadual, cantou em jantar dos lojistas cearenses, tendo papel relevante na
arrecadação total de CR$ 370 milhões até então. Portanto, financeiramente Belchior
nada nos deve, partiu com créditos do seu trabalho e ajudas humanitárias.
(Fotos O Povo)
Cheque nas mãos da primeira dama. (O Povo) |
16 de fevereiro de 1985.
`"Não curto esse lance de sucesso" (TC) |
Em entrevista ao Caderno TC Dimensão, do
Jornal Tribuna do Ceará, confirma ser uma pessoa que gosta de conversar, “viver
a vida a cada instante”, mas acima de tudo da liberdade. Fala de uma Fortaleza
bonita e provinciana, que recebeu uma cultura nova, inclusive referente à
música. Se diz feliz em ter sido parceiro de todos os músicos locais,
condenando a prática de “derrubar” o concorrente. “Não curto esse lance de sucesso
e troco qualquer possibilidade nesse sentido. O fundamental é criar, inventar,
ser um homem feliz. Nunca tive o sucesso como objetivo primário, muito pelo
contrário. Acho que esse é um fator mais para o acidental. De qualquer maneira,
a minha expectativa inicial era de que a minha música maior receptividade
apenas junto a uma elite musical, mesmo porque as atitudes que assumi quando
ainda morava aqui, como abandonar a família e ir trabalhar na televisão, fiz
numa boa, com certo charme, inaugurando um estilo que passou para o meu
trabalho. Gosto muito desse "finesse" do fazer, do sentir, e isso surpreende quem
só conhece uma faceta do meu sucesso ”.
10 Anos de Carreira
28 de junho de 1985 . Recebe a concessão do título de Cidadão Honorário
de Fortaleza pela Câmara Municipal de Fortaleza, conforme projeto do vereador
Emanuel Teles. Naquele ano, o cantor participou de um evento no Hotel Samburá
(Av. Beira Mar), organizado pelos amigos Cláudio Pereira e José Tarcísio, em
comemoração aos “dez anos de carreira”, afinal, conforme o próprio, o sucesso
de “Alucinação” (1975) foi a concretização do seu nome na música nacional. Não
só fez um show no hotel, que inaugurava o bar “Velas e Ventos”, como conversou
com a plateia. Alem desse, tocou em sua Sobral, pela data alusiva, e igualmente
no ginásio Meton Vieira Vasconcelos (Náutico Atlético Cearense), em Fortaleza.
1985. Com Cláudio Pereira e José Tarcísio: 10 anos de sucesso. |
Disse ao O Povo do dia 28 de
maio de 1985: “Se tivesse que apresentar um saldo destes dez anos de musical
por parte de cearenses, eu diria que modernizamos a música nordestina e criamos
uma música popular cearense, de caráter nacional. E alem de contribuirmos para
o panorama nacional com uma música moderna, estabelecemos um fio evolutivo para
a moderna música cearense dentro de um espírito de modernidade, de
contemporaneidade, extrapolando qualquer limite regionalista. Na verdade, estamos
fazendo uma música extremamente contemporânea na verdadeira acepção da palavra
geral, universal. A briga, hoje, é para saber quem é mais ou menos moderno,
mais ou menos participante do cenário musical. Isso justifica o fato de, nestes
dez anos, as gravações de mais de cem discos, quase duas mil canções
interpretadas e quatro milhões de discos copiados”
“Posso virar a mesa amanhã”
1981. Com o seu povo na B. Mar ( O Povo) |
Fontes: Jornais O Povo, Tribuna do Ceará e Diário do Nordeste.