Campo do Prado lotado. O primeiro estádio oficial (1912-41) (Arquivo Nirez) |
Futebol Cearense. Surgimento
Constam nos registros
sobre o futebol cearense que, nos baixos da Praça dos Mártires, Passeio Público, ocorriam
reuniões entres jovens de famílias abastadas da capital e ingleses, trabalhadores
da Companhia do Gás, e dali o “English Team”. A
partir de então as primeiras competições não oficiais, as esquisitas partidas
de “foot-ball”. Desde 1904, antes das formações de times, havia rachas entre desentrosados atletas. Entre os cearenses
estavam Raul Cabral, Vicente Ferraz, Prisco Cruz e aquele que levou a primeira
bola do esporte ao Ceará, o Professor José Silveira.
Concentração no Café
do Amarildo, chão duro, com pouca grama, e bolas de palhas de milho. Pelo menos
possuíam “campo”, ainda que entre árvores. Somente com o regresso de rapazes
que estudavam na Europa, como João Gentil, da família mais “rica” da época,
trazendo materiais esportivos e técnicas de futebol, o movimento fortaleceu.
Alcides Santos, frequentador da Europa, fundou o Stela Fooball Club, nome da
escola suíça onde os cearenses estudavam; enquanto Carlos Brígido e Aluísio
Mamede o Rio Branco, os primeiros clubes do estado, deles originando os
tradicionais Fortaleza e Ceará, detentores, hoje, de torcidas respeitadas
nacionalmente, responsáveis por presenças de público nos estádios brasileiros
equivalentes às quinzes maiores torcidas do País.
O Ceará Sporting Club
foi fundado em 2 de junho de 1914, com sessão de fundação na residência do Sr.
Luís Esteves Junior, na rua Tristão Gonçalves, 6, ao lado da Rede de Viação
Cearense (RVC), somando vinte e quatro presentes. O primeiro uniforme do clube
era camisa lilás e calção branco, adotando o preto e branco no ano seguinte,
época em que abrigou os jogadores do extinto Rio Negro. Enquanto o seu maior
rival só surgiria em 1918, tinha como adversários o Tabajara Foot-Ball Club
(1915), do bairro Benfica, que mais adiante iria revelar o Gentilândia, e o
Maranguape. Já os demais eram inexpressivos, como Humaitá (uniforme verde e
branco), Hesperia e Ipiranga (de cor celeste), que se filiaram à Liga Cearense (Metropolitana) de Foot-Ball, com jogos nos campos desnivelados da Praça Capistrano de Abreu (Lagoinha),
antiga Visconde de Pelotas (Bandeira), Marquês de Herval (José de Alencar) e
Fernandes Vieira (Liceu do Ceará), conforme os times mandantes.
PV, inaugurado em 1941, lotado. Acervo do Dr. Pedro Alberto de Oliveira Silva (Instituto do Ceará) |
A movimentação melhorou com as chegadas do Fortaleza Sporting Clube (18 de outubro de 1918, depois, em 1939, Fortaleza Esporte Clube), de Alcides Santos (ex-Stela), cujas cores homenageavam a França, numa época em que a cidade respirava a cultura francesa “Belle Époque”, e do Bangu Atlético Club (1919), tempo do apogeu da RVC, que criou o seu clube, o Olímpico Foot-Ball Club (verde e branco), além do Guarani Atlético Club, com as cores do Fluminense, presidido pelo capitalista Jeremias Arruda, proprietário do imponente palacete com seu nome, na rua Formosa -Duque de Caxias, em frente à Igreja do Carmo, hoje Instituto do Ceará; e do América Foot-Ball Club, fundado pelo servidor municipal Pedro Moura. Esse time vermelho durou pouco. Em 1920 retornou sob comando de uma diretoria que contava com o futuro deputado federal, Crisanto Moreira da Rocha, cuja família foi destaque na política cearense. Apenas no dia 9 de maio de 1933 surgiria o Ferrovário Atlético Clube, pelos operários da RVC, nas Oficinas do Urubú, no bairro Álvaro Weyne, a terceira força esportiva do Estado do Ceará, hoje com nove títulos estaduais.
Irmãos José e Paulo Cabral de Araújo (PRE 9). Os primeiros narradores esportivos. (Foto Marciano Lopes) |
Oficialmente, o
primeiro estádio cearense foi erguido onde se realizavam corridas de cavalos, o
saudoso “Campo do Prado”, fundado em 7 de setembro de 1912, na área onde hoje se
localiza o Instituto Federal (antiga Escola Técnica). Ali foram realizados os primeiros
torneios da Liga Metropolitana e, a partir de 1920, o campeonato cearense até
1941, quando surgiu o estádio Presidente Vargas (PV), ao lado. Nesse estadinho ocorreu a primeira transmissão radiofônica, através da PRE 9 (Ceará Rádio
Clube), nas vozes dos irmãos José e Paulo Cabral de Araújo, durante a peleja entre
Maguari x Estrela do Mar.
Os Ilustres
Torcedores.
Manoel Preto e Branco. Começou a comparecer aos estádios na década de 20. Foto Tribuna do Ceará (1983) |
O garoto Zezim já apreciava futebol quando batia “pelada”, travesso, na praça da estação ferroviária
e na praça da “igreja velha” de Quixadá, época de paixão e desejo de um dia
tornar-se jogador de futebol, sonho definitivamente interrompido após quebrar
um braço durante um “racha”. Mas não o impediu de torcer pelo clube da estrada
de ferro, seu maior torcedor ao lado do fundador, em 1933, Valdemar Caracas.
Lembra Zé Limeira que ouviu
muitos jogos pelo rádio (ao lado dos donos, pois aquela caixa era artigo de luxo),
como o desafio do Ferroviário, o clube da RVC, em 1939, indo jogar em Salvador
e tomando de 7x3 do Bahia, fato que não desestimulou o rapazote. Logo que
chegou na capital, em 1943, sempre ia aos jogos liderando a torcida. Desde 1958
até a sua morte não largou a bandeira coral, indo às emissoras de rádios
convocar a torcida para os estádios.
Era no prédio do
Abrigo Central (1949-1966), na Praça do Ferreira, que ocorriam os embates entre
as torcidas. Ele pelo Ferroviário, Bodinho e Gumercindo pelo Fortaleza e Pedão
da Bananada pelo Ceará, principalmente. Os demais se aglomeravam ao redor deles
para assistir as discussões, que às vezes resultavam em tapas. Só que de repente
soavam gargalhadas. Mas enfim, todos tomavam o mesmo caminho, pegando o velho
ônibus do Prado em direção ao estádio Presidente Vargas, de onde saiam os
resultados das apostas, comuns até hoje. Um desses torcedores chamava atenção,
pois quer nos coletivos, quer nos estádios estava sempre com dois rádios nos
ouvidos: Tavares, torcedor do Fortaleza, que usava paletó.
Carnaval de 1976. Sede do Fortaleza: Gumercindo, Jackson de Carvalho e Luís Rolim Filho (foto Tribuna do Ceará) |
Bodinho
Praça do Ferreira: Bodinho e sua banca (Tribuna do Ceará,1983) |
José Amaro Sobrinho
nasceu no Crato, em 1930, indo morar em Senador Pompeu aos 7 anos,
desenvolvendo no sertão a primeira experiência como vendedor de jornais, livros
e revistas. Assim começava a etapa de vida das pessoas pobres da época,
trabalhando ainda criança. Teve, contudo, que partir para a capital, onde
serviu o Exército no final dos anos 40. Depois foi gerenciar o Bar Americano,
no bairro Pan Americano, para onde seguiam muitos amigos da “sociedade”, diante
da recepção, bebida farta e tira gostos.
Sabendo da origem e competência
do rapaz, o maior grupo de comunicação de então, Diários Associados, o
contratou como seu representante no sertão, viajando três vezes por semana, a
partir dos trens que saiam da estação João Felipe rumo ao sul do estado, Crato,
tarefa que durou dez anos. Bodinho achava perigoso, pois todos queriam ler a
revista O Cruzeiro, sendo que alguns exemplares sumiam com o piscar de olhos.
No gramado do PV, título estadual de 1969 (Correio do Ceará) |
Em seguida, uma
oferta o fez assegurar um ponto fixo, quando, a partir de 1961, passou a
trabalhar numa banca de propriedade da famosa Livraria Edésio, de onde saia o
seu sustento: “Do pouco que ganhava dava para alimentar a família”,
orgulhando-se dos seus fregueses famosos que haviam partido, políticos e outas
autoridades. Nessa época, da sua primeira banca, guardou até o fim da vida uma
foto ao lado do seu amigo Airton Monte, proprietário da
Livraria Comercial e jogador do Gentilândia, clube da primeira divisão; pai do psicanalista Airton
Monte (Junior), que também já se foi, cronista do jornal O Povo e amante de jornais impressos e de bandas de revistas.
Do futebol,
financeiramente, não teve o que reclamar, pois vendia, na banca, ingressos
patrocinados pela Federação Cearense de Futebol, tendo, com o lucro, construído
uma casa para sua mãe no bairro de Nossa Senhora das Graças, o Pirambu.
Sentia-se, na época, feliz ao lado da esposa Alzira, da irmã, e dos cinco
filhos.
Infelizmente, no final da vida Bodinho esteve deprimido, triste ao constatar a Praça do Ferreira entregue a assaltantes, chegando a sair de casa sem dar notícias. Não que estivesse desgostoso com seu clube futebolístico, o Fortaleza, mas vencido pela saudade desenfreada dos bons tempos, dos 40 anos na praça e dos seus tradicionais frequentadores. Faleceu na capital cearense em 20 de novembro de 2004, aos 74 anos.
Fortaleza Bi-Campeão 1973-74. Foto Unitário 1975 |
Zé Limeira
1931. Na estação
ferroviária de Quixadá, o garoto José de Oliveira Filho, com seis anos, vendia
cocadas, verduras, laranjas e bananas. Serviço que começava de madrugada,
durante as passagens dos primeiros trens vindos do sertão, sem acusações de
exploração infantil, pois naquela época, de pobreza total, era questão de
subsistência uma criança trabalhar
.
Zé Limeira (Tribuna do Ceará, 1982) |
Como dizia Zé
Limeira, “não nasci em berço de ouro, mas em berço de couro, não tendo
oportunidade para aprender a ler e escrever”. Não lhe faltou, porém, vontade de
trabalhar, orgulhando-se de seu pai, maquinista da Rede de Viação Cearense, a RVC, “ganhando pouco para sustentar uma grande família”. E com apenas o “ABC”,
com 13 anos, foi com ansiedade que recebeu o convite para auxiliar um famoso
engraxate durante um campeonato de corrida de cavalos, quando aprendeu a sua
profissão, graças ao amigo “Zé Papagaio”. Só a abandonou em 1942, quando, aos
dezessete anos foi servir de “cassaco” (trabalhador voluntário em obras
públicas) durante mais uma grande seca. Afinal, sem água o povo não tinha
dinheiro.
Zé Limeira nunca
esqueceu as datas que marcaram sua vida, muito menos essa: 12 de julho de 1943.
Às nove horas da noite, com a sua maleta de trabalho, pegou o trem rumo ao
destino maior. Na manhã seguinte estava na capital, Fortaleza, uma cidade “gigantesca”,
sem parentes nem contatos. Com dois cruzeiros e duzentos réis, sua primeira
admiração foi com o bonde, que cruzava as ruas Castro e Silva com 24 de Maio. Tratou
de conhecer os pontos curiosos, começando pelo Morro dos Moinhos (paupérrimo), Praia
Formosa (Marinha), saindo em direção à rua das Trincheiras (Liberato Barroso),
onde encontrou um amigo, Dário Alves Cidade, de família “importante”, que
estudava no Liceu. Foi aconselhado a ir ao Café Familiar, ponto de encontro dos
quixadaenses. Exatamente ali foi ajudado por um colega engraxate, que lhe
arranjou “dormida”, uma casa coberta de palha no “distante” Otávio Bonfim.
Só passou um dia, pois encontrou, na Praça do Ferreira, um carreteiro de
Quixadá, de quem recebeu o convite para morarem juntos. No ainda mais distante
Mucuripe. Foram três meses.
Estação Ferroviária de Quixadá (1910), onde o garoto Zé vendia cocadas. Foto Estações Ferroviárias do Brasil. |
Mas foi no Salão
Ceará, de propriedade de Eduardo Cavalcante, na Floriano Peixoto, olhando para
a Praça, onde começou o serviço fixo de engraxate em Fortaleza, mantendo-se
naquele ponto por cinco anos, quando se transferiu para o Salão Belém, no
luxuoso Hotel Savannah, ed. Jereissati, Praça do Ferreira. Ali conheceu o jovem
e promissor empresário Édson Queiroz, que o convidou para trabalhar na sua
engraxataria, do outro lado da rua, no Abrigo Central. Contudo, no dia 24 de
dezembro de 1950, quando a mesma contava com 17 cadeiras, foi promovido, dando férias
à tarefa de engraxate. Tornara-se administrador, ou melhor, “tomador de conta”
das cadeiras. Assim foi até 21 de abril de 1966, quando o prefeito Murilo
Borges mandou demolir o Abrigo Central. Alvo de críticas por tamanha
temeridade, o prefeito-general resolveu se justificar sobre o fim do Abrigo
Centro. Conta Nascélio Limaverde (comunicador e ex-deputado), que ele levou um
engraxate do local para uma emissora de TV e o indagou:
- Seu Raimundo, diga
para os telespectadores, qual o maior benefício que o prefeito fez por vocês?
- Foi mudar o nosso
nome de engraxate para lustrador.
Com o “guardado”
montou a sua engraxataria, na rua Guilherme Rocha, permanecendo no ramo até
resolver trocá-lo pelo comércio, com a abertura de um bar, seguido de uma lanchonete,
que segundo ele “não deram certo”. Com sua venda, por um bom preço, reformou
sua casa no Jacarecanga, e ainda sobrou dinheiro no banco para manter a família
de onze filhos. Faleceu em Fortaleza no dia 7 de abril de 2004, enlutando a
torcida cearense.
Pedão da Bananada
Pedão, líder alvinegro.Vida muito sofrida (Tribuna do Ceará, 1983) |
Nascido em Quixadá no
dia 29 de abril de 1927, Pedro Alves da Silva, de família financeiramente muito
pobre, partiu para Fortaleza com cinco anos, após a morte do pai, Domingos Pereira da Silva. A mãe, Maria Alves da Silva, enquanto labutava como lavadeira, o entregou para adoção aos cuidados da Dra. Araci Aguiar. Entretanto, Pedro começou cedo como trabalhador. Menor de idade, atuava como
padeiro apenas para se sustentar. E muito cedo partiu para Belém, onde residiu até 1948, retornando ao Ceará para se alistar.
Em 1949, chegada a época da obrigatoriedade, com 1,81 metro, entrou no 10° GAC do Exército, onde juntou uns “trocados” para abrir um ponto na Sorveteria Cabana e em seguida uma lanchonete no Abrigo Central, que lhe custou "30 contos bem empregados". Ali ganhou fama como “Pedão da Bananada”.
Líder inconteste da
torcida alvinegra entre 1951 e 1964, passou a comandar, a partir de 1954, a primeira charanga do seu clube, Ceará,
competindo com a do amigo tricolor, Gumercindo. Contrariando os apelos da esposa, Benedita, contratava onze músicos e mais trinta senhoritas para puxarem a torcida. Afora os gastos financeiros, veio a informação, em 1963, do prefeito Murilo Borges sobre a destruição o Abrigo Central no ano seguinte. Pedão e seus colegas, inclusive os engraxates, sentiram o prejuízo. Mesmo assim, no ano seguinte, fundou o Horizonte F. C., time de subúrbio, passando um período sem ir aos estádios após o jogo Fortaleza x Náutico, quando vestiu, como forma de homenagear o futebol cearense, a camisa do Fortaleza. Deixaria definitivamente os templos de futebol em 1977.
Em 1949, chegada a época da obrigatoriedade, com 1,81 metro, entrou no 10° GAC do Exército, onde juntou uns “trocados” para abrir um ponto na Sorveteria Cabana e em seguida uma lanchonete no Abrigo Central, que lhe custou "30 contos bem empregados". Ali ganhou fama como “Pedão da Bananada”.
Lembrava seus famosos
fregueses, como o governador Paulo Sarasate, os políticos Wilson Machado e Mauro Benevides; radialistas como Nascélio Limaverde, Augusto Borges, Paulino Rocha, José Oly Moreira, José Santana, Júlio Sales e Gomes Farias; além de torcedores
adversários como Zé Limeira e Gumercindo, aos quais atendia vestido de branco.
Pedão e sua banca. (Jornal Meio Dia. 1980)
|
Para continuar o negócio, montou uma cantina na 10° Região Militar, antigo forte de N.Sra. da Assunção. Com pouco lucro, partiu para Belém do Pará, onde permaneceu um ano, uma vez que seu comércio não progrediu. Foi para Manaus, na qual residiam familiares e amigos cearenses, trabalhando em venda de maçãs. Em seguida Brasília, retornando para o Amazonas, vendendo bijuterias. Por lá deixou a esposa e novamente partiu para o Pará. Em Belém foi camelô, comercializando camisas de futebol, como as dos rivais Remo e Paysandu.
Dimas Filgueiras e Mano (Unitário 1974) |
Cearense de 1979: Tiquinho (Ceará) foge de Osvaldino e Bosco (Fortaleza). Correio do Ceará 1979. |
Em Fortaleza, morou com o irmão, José, no Pio XII, ele sargento da Aeronáutica. Com a
ajuda de um sobrinho, instalou uma banca de cigarros e bombons. Pela manhã ao lado da Foto Ideal, na rua Floriano Peixoto, e à tarde em frente à loja de tintas do Gumercindo, o seu rival das arquibancadas, mas amigo de
coração. Depois se transferiu para a calçada do Mundão das Ferragens, de José
Carneiro, torcedor do Ferroviário, solícito. Mas em 1982, o coração o levou a
novo internamento, por quinze dias, aumentando o seu constante problema
financeiro, tendo sua banca destruída pelos ratos.
Ao sair do hospital os amigos novamente não lhe faltaram, montando nova banca: Gumercindo, Nascélio Limaverde, Elias Bachá, Franzé Morais, José Carneiro e outros, aos quais nunca deixou de agradecer. Dois anos depois, o coração não suportou. Partiu em 9 de dezembro de 1984, ano em que o seu clube impediu o tri campeonato do rival. Deixou os filhos Nilton e Raimunda.
Vimos um pouco da
história de autênticos torcedores cearenses. Pessoas que nasceram e morreram
mantendo a simplicidade, no que pese a popularidade. O prestígio não lhes
alterou o ego. Todos diziam que se contentavam com o que “dava para viver”. Mas
não havia riqueza que pagasse suas felicidades em dias de jogos. Longe do que
vemos hoje, quando rivalidade é confundida com ódio. Futebol deve se inspirar
no passado, no amor e na paixão.
Charanga do Gumercindo. Tribuna do Ceará, 1975. |
Com o tricolor Gumercindo ao centro, a pazdurante o carnaval de 1975 (TC) |