"Trairi Bela e Rica!" - Jornal Correio do Ceará, 7/12/1965
Autor: Helder Feitosa. Fotos: Vieira Queiroz
1965: durante a última gestão de Zé Granjinha, a construção da ponte. Encantos mil. |
A paisagem
encantadora que circunda o município trata-se de um espetáculo belo ainda não
decantado pelos turistas porque é totalmente desconhecido pelos cearenses. Mas
a fecunda terra não está recebendo o tratamento devido do homem, que a mantém inexplorada
e relegada em incrível abandono. Trairi poderia ser não somente um polo de
atração turística como também poderosa fonte de renda ao Estado.
Os frutos que dela
seriam colhidos, se bem cultivados, abasteceriam até mesmo Fortaleza. Acontece,
entretanto, a cidade contemplada serve apenas para os moradores como “quadro belo
e poético” necessário ao encantamento dos olhos. Ela é vista unicamente por
esse lado. Ninguém ainda lembrou-se ou teve a iniciativa de vê-la pela face técnica.
Por outro lado, apesar dos pesares, e
para que se tenha uma ideia das perspectivas das enormes vantagens do torrão
trairiense, basta citar que se arranca dali uma média de 850 mil cocos
anualmente como prova indiscutível do privilégio do solo daquela terra.
Se o Egito é um dom
do Nilo, é porque souberam aproveitar a valiosa oferta do milagroso rio. Se o
mesmo ocorresse com o trairiense ou com o cearense de modo geral, usando o
privilégio da terra fértil proporcionada pela natureza, a pequena cidade do
Trairi seria hoje um dos mais prósperos municípios do Estado, bem como um
verdadeiro ponto turístico.
Rio Trairi no final de 1965. |
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